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As indústrias e a (in)eficiciência energética


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Dados do último relatório do Balanço Energético Nacional (BEN 2015) apresentou a capacidade total instalada de geração de energia elétrica do Brasil (centrais de serviço público e autoprodutoras): 140.858 MW (um acréscimo de 6.945 MW em relação ao ano anterior). O setor industrial representou 32,5% deste consumo energético.


Ao falar sobre consumo energético deve-se pensar em empregar da melhor forma e com qualidade a energia utilizada em processos, produtos e/ou serviços realizados pelas empresas. Com isto, surge necessidade de avaliar a eficiência energética dos sistemas, a qual consiste em obter o melhor desempenho na produção de um serviço com o menor gasto de energia.


Devido a atual importância do tema Eficiência Energética, algumas instituições no Brasil são responsáveis pela sua regulamentação, controle e incentivo. As principais são: Ministério de Minas e Energia (MME), ELETROBRÁS (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel)), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) (Programa de Eficiência Energética – PEE), PETROBRÁS (Programa Nacional de Racionalização do Uso de Derivados de Petróleo e Gás Natural (Conpet)), entre outras.


O Plano Nacional de Energia do Brasil (PNE 2030) definiu para 2030 uma meta de economia de 10% no consumo final de energia elétrica, a ser alcançada mediante o incremento da eficiência dos sistemas energéticos, e evidenciou a necessidade de elaborar um plano específico para atender esse desafio.



Mas como obter essa eficiência energética nos processos industriais?

Para uma avaliação detalhada da eficiência energética nas indústrias e outros setores empresarias, é necessária a análise dos processos em cada ambiente específico. Esta avaliação tem com base o cenário de alguns indicadores. Entretanto, ainda existe uma dualidade, principalmente para os tomadores de decisão das empresas: realizar um maior investimento e ter retorno a médio/longo prazo através da eficiência energética gerada por essas ações ou manter o consumo atual, sem precisar realizar altos investimentos?


A Agência Internacional de Energia afirma que as indústrias no mundo podem reduzir as emissões de CO2 utilizando tecnologias e práticas já disponíveis. Na mesma linha de pensamento, Yvo de Boer, ex-secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, ratifica que “a eficiência energética é o meio mais promissor para reduzir os gases de efeito estufa no curto prazo”. Com a eficiência energética, é possível gerenciar como a energia é usada, prevenindo-se assim de possíveis mudanças nos preços, na política e economia global que afeta a energia. Além disso, como resultados estão a redução de custos com energia e redução dos impactos ambientais (emissões efeitos estufa, entre outros).


A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO) cita em seu site alguns exemplos de ações para aumentar eficiência energética das empresas:

  • Iluminação: o uso de lâmpada de LED (7W) no lugar das incandescentes (60W), promove uma economia de quase 90%. Além dessa economia direta, ela também possui maior vida útil (50x mais) e menor transferência de calor para o ambiente, economizando na refrigeração do local.

  • Produção de vapor nas indústrias: a cogeração através do aproveitamento de gases exaustos, uso de placas solares e energia térmica remanescente dos processos industriais oferecem uma redução no consumo de energia elétrica.


Por fim, para ratificar a importância do tema eficiência energética e o empenho que governos de todo o mundo estão realizando, pode-se citar o lançamento da ISO 50001. Esta ISO oferece às organizações os requisitos para sistemas de gestão da energia (SGE). A norma fornece benefícios para grandes e pequenas organizações, nos setores público e privado, na manufatura e serviços, em todas as regiões do mundo, estabelecendo uma estrutura para que indústrias, instalações comerciais, institucionais e governamentais e organizações inteiras façam gestão da energia com aplicação ampla pelos setores econômicos nacionais. Estima-se que a norma possa influenciar até 60% do uso de energia do mundo.

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